Ironwood: A Revolução das TPUs do Google para a Nova Era da IA Generativa

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Redação

4/10/20252 min read

A inteligência artificial está evoluindo. E com ela, a necessidade por infraestrutura capaz de acompanhar essa transformação. No Google Cloud Next 25, que aconteceu nesta quarta-feira (9), o Google apresentou sua mais nova TPU (Unidade de Processamento Tensor): o Ironwood — uma plataforma criada para impulsionar os limites da IA generativa, combinando desempenho extremo, eficiência energética e escalabilidade massiva.

O que é o Ironwood?

O Ironwood é a TPU de sétima geração do Google, projetada não apenas para treinar, mas para executar modelos de IA em tempo real, com foco especial na nova fase da inteligência artificial: a IA generativa. Essa tecnologia permite que sistemas não apenas respondam, mas pensem, aprendam e gerem conteúdo de forma autônoma.

Estamos entrando na era da IA proativa, em que agentes inteligentes não apenas interpretam dados, mas agem sobre eles, criando insights, soluções e decisões com base em contextos complexos.

Por que a IA Generativa precisa de mais poder?

Modelos como os LLMs (Large Language Models) e a Mistura de Especialistas (MoEs) estão se tornando cada vez maiores, exigindo mais memória, largura de banda e computação paralela. A resposta do Google? Um sistema projetado do zero para atender a essas exigências.

Arquitetura e desempenho do Ironwood

Com escalabilidade de até 9.216 chips com resfriamento líquido, o Ironwood entrega nada menos que 42,5 Exaflops por pod24 vezes mais poder computacional que o supercomputador El Capitan. Cada chip atinge até 4.614 TFLOPs, o que representa um salto monumental para aplicações como treinamento de modelos massivos e inferência em tempo real.

Além disso, a Interconexão Inter-Chip (ICI) atinge uma largura de banda bidirecional de 1,2 Tbps, otimizando a comunicação entre os chips de forma ultrarrápida.

Comparando: Ironwood vs. Trillium

Em relação à geração anterior (Trillium), os ganhos são impressionantes:

  • 2x mais eficiência energética

  • 30x mais eficiência em relação à primeira TPU (2018)

  • 192 GB de memória HBM por chip (6x mais que o Trillium)

  • 7,2 TBps de largura de banda por chip

  • 1,5x mais velocidade na comunicação entre chips

Esses avanços tornam o Ironwood ideal para rodar modelos mais densos e complexos, reduzindo a latência e otimizando o uso de energia.

Inovações que vão além da IA tradicional

Um dos destaques é o SparseCore aprimorado, um acelerador dedicado para lidar com embeddings ultragrandes — recurso essencial em sistemas de recomendação, classificação, finanças e ciências aplicadas.

Além disso, o Google Pathways, ambiente de execução desenvolvido pelo DeepMind, permite que desenvolvedores usem eficientemente milhares de chips Ironwood de forma coordenada — abrindo caminho para uma computação em IA verdadeiramente distribuída.

Casos de uso e impacto

Modelos já conhecidos como o Gemini 2.5 e o premiado AlphaFold estão entre os que rodam em TPUs Google. Com a chegada do Ironwood, o Google pretende democratizar o acesso à computação de IA em níveis nunca antes vistos, capacitando empresas, startups e pesquisadores em todo o mundo.

Ironwood é mais que tecnologia — é um marco

O Ironwood é mais do que uma nova TPU. Ele simboliza a transição definitiva para uma IA que pensa, interpreta e age de forma inteligente e autônoma. Com ele, o Google não apenas entrega performance, mas cria a infraestrutura para o futuro da inteligência artificial.

Fonte: google.com

Imagem: Google.com