CNH Social: Como a Nova Lei (Lei nº 15.153/2025) Transforma a Mobilidade de Mulheres de Baixa Renda
GOVERNO
Redação
8/12/20253 min read


A Lei nº 15.153/2025, que entra em vigor em 12 de agosto de 2025, autoriza o uso de recursos de multas de trânsito para custear a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para pessoas de baixa renda, especialmente beneficiando mulheres negras, periféricas e chefes de família, ampliando sua autonomia, acesso ao mercado de trabalho e mobilidade. O programa CNH Social cobre todos os custos — exames, aulas, taxas e emissão — e sua implementação depende dos Detrans estaduais. O texto detalha quem pode se beneficiar, como se inscrever, os impactos sociais e a importância da regulamentação local.
1. Transformando o acesso à habilitação: o que diz a lei
Em 22 de julho de 2025, foi sancionada a Lei nº 15.153/2025, que altera o Código de Trânsito Brasileiro para autorizar o uso de recursos de multas de trânsito no custeio da formação de motoristas de baixa renda, por meio da chamada CNH Social. A medida entra em vigor em 12 de agosto de 2025 e carrega um forte papel de justiça social, focado em promover autonomia, mobilidade e inclusão.
2. Quem pode se beneficiar?
Podem acessar o programa aqueles que:
têm 18 anos ou mais;
estão inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal;
possuem renda per capita de até meio salário mínimo (aproximadamente R$ 706,00).
O cadastro deve ser feito presencialmente em um CRAS (Centro de Referência de Assistência Social).
3. O que a CNH Social cobre?
O programa cobre todas as etapas da habilitação:
exames médicos e psicológicos;
aulas teóricas e práticas;
taxas de prova — incluindo segunda tentativa, se necessário;
emissão da CNH.
A prioridade recai sobre as categorias A (moto) e B (carro), mas os Detrans estaduais têm autonomia para estender às categorias C, D ou E, conforme políticas locais.
4. Impactos sociais: muito além de uma carteira
Para muitas mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente negras, periféricas e chefes de família, a CNH representa acesso ao trabalho, independência e mobilidade urbana. A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destaca que este é um avanço em equidade, inclusão social e fortalecimento da cidadania feminina.
Segundo o Renach, o Brasil conta com 25,6 milhões de mulheres com CNH, e o novo programa deve ampliar significativamente esse número entre as que mais precisam.
5. Como funciona a implementação nos estados
Apesar do respaldo federal, a operacionalização da CNH Social depende dos Detrans estaduais e do Distrito Federal, responsáveis por elaborar editais, definir critérios de seleção, número de vagas e cronogramas. Por isso, é essencial que os interessados acompanhem os canais oficiais e redes sociais dos Detrans de sua região.
6. Benefícios tangíveis e desafios previstos
Benefícios:
Inclusão de baixa renda e promoção de equidade
Acesso ampliado ao mercado de trabalho
Autonomia e mobilidade para mulheres
Cobertura completa dos custos da habilitação
Desafios / Pontos de Atenção:
Dependência da regulamentação dos Detrans estaduais
Capacidade de atendimento e número de vagas limitados
Divulgação e clareza sobre o processo de inscrição
Reter transparência no uso dos recursos provenientes de multas de trânsito
7. Como se inscrever — passo a passo prático
Cadastre-se no CadÚnico, presencialmente nos CRAS.
Acompanhe os sites e redes sociais dos Detrans para lançamento de editais.
Garanta estar atento a documentos necessários e prazos de inscrição.
Preencha a solicitação no prazo determinado e prepare-se para eventuais etapas de seleção ou sorteios.
Conclusão
A CNH Social representa um passo relevante para democratizar o acesso às oportunidades de mobilidade e trabalho no Brasil, especialmente para mulheres em condições de desigualdade. A combinação de mecanismo prático, apoio legal e foco na justiça social torna essa iniciativa uma política transformadora. Agora, cabe ampliar a divulgação e assegurar que os benefícios cheguem a quem mais precisa.
Fonte: Gov.br